terça-feira, 25 de agosto de 2015

A MORTE FÍSICA, PERDAS VIOLENTAS, A DOR DE UMA MÃE, COMO ACEITAR ? - Por David Chinaglia



Tenho recebido várias comunicações do Brasil e do Mundo sobre o tema, uma das pessoas que motivaram este texto para as senhoras mães e aos senhores, enfim ao leitor em especial,  nos fez pensar o porque a dificuldade que temos, sendo espíritas ou não, em aceitar perdas neste formato.

Deusa Samú, é psicologa e uma das maiores especialistas no Estado de São Paulo em perdas, em luto, em suas obras, e palestras parte do texto tirei das palestras dela que ouvi e também em minhas conversas com Nubor Orlando Facure, médico e espírita e que também escreve em nosso blog, relembrei momentos fantásticos da obra de Chico Xavier, em Uberaba, do qual ele participou durante 50 anos.
Me faz a história lembrar  a dor do médium que sempre buscava aliviar as mães, com notícias a respeito de seus filhos, sobretudo os que partiram de forma violenta, tipo acidente de carro ou aviação, ou mesmo assassinato por alguém direto da família, ou de terceiros, a partida de repente, como aceitar.

Só que médiuns como Chico Xavier já não existem mais, poucos são os que conseguem dar as respostas via psicografias de maneira correta e justa, no alívio em especial a uma mãe.

Sei que é fácil escrever ou mesmo pesquisar ou falar, sobre a temática, difícil é levar para quem passa pelo problema ou pela dificuldade de aceitação uma palavra sem explorar, sem impor sem querer ditar verdades, porque afinal para uma mãe, a perda de um filho é perda da vida estando em vida.

Conheci algumas e vi que o sorriso verdadeiro, a pureza se foram quando perderam suas filhas ou filhos desta forma acima citado.
O que precisamos aceitar é que para tudo existe um porque, para tudo isto que vemos e não entendemos vemos uma ação, mas, não devemos nos esquecer que é reação de algo feito no passado, as vezes na mesma encarnação, ou em outra.

Complexo para as mães aceitar isto, porque sempre irão perguntar porque isto, porque eu ? porque minha família, onde errei.
Não se trata de erro, trata-se de aceitação, do que não podemos mudar, é necessário primeiro estabelecer conhecimento.

Um filho, uma filha, a partir dos 07 anos de idade nos mantém como elo vivo, no planeta, e referência, seja ela moral, ou de caráter, ou de posicionamento.
Os hábitos de um filho em 95% dos casos de acordo especialistas nascem do próprio pai, da mãe, da casa que vivem, ou nos tempos atuais de mãe e padrasto, pai e madrasta.

O que leva ao Deus supremo permitir certas violências ?
Não se trata de Deus em especial, ou das forças superiores, mas, de um sistema desde que traçamos nossa evolução que ocorre, ou não dentro de um lar, de uma família, de nossas escolhas, de moral, de caráter perante a jornada de vida. 

Sei que não é fácil aceitar, para podermos a luz do esclarecimento dado por Kardec, pelas experiências de Chico Xavier no Brasil, pelo que estudamos, caminhar junto com as mães em especial para entendimentos básicos sobre mortes violentas de filho ou de filha, temos que nos focar no perdão.

Já vi e conheci, ou mantive contato com mães, que perderam filhos de 10, 25, 37, ou 50 anos, e nas circunstâncias que forem não importa a idade o maior reclamo, é porque assim, porque tão jovem., porque? porque ? porque.

Na foto ilustrativa desta matéria, trazemos relâmpagos e tempestade e depois um arco iris e a partida da tempestade, mesmo em casos complexos devemos, pensar que por mais difícil que pareça tudo passa, tudo se explica, e de tudo tiramos uma lição, e podemos ajudar a milhares de pessoas.



Em Uberaba, Chico Xavier trouxe através de suas psicografias, muita ajuda, muita informação, o que mais quer saber uma mãe de qualquer tipo de morte ? Se seu filho está bem.
Vejo também que a maioria é se as culpas dela foram perdoadas, e nas mortes violentas, as culpas se tornam um peso para a mãe ou pai encarnado, e para o Espírito que se foi, que permanece no elo enquanto houver o choro do lamento, a raiva e o ódio.

Primeiro é preciso deixar ir, deixar partir, entender o significado daquela perda, daquela dor, e ajustar, para um dia reencontrar porque não o mesmo espírito em situações benéficas a ambos, já com o resgate que todos os envolvidos feitos.
A morte assim dura, abrupta, na flor da idade, não é acaso, são raros, mesmos os casos de acidentes, e até para estes, existem técnicas que nos explicam que era necessário o curso da dor aguda, para entender e resgastar, e mais, aprender, muitas vezes a dor causada, digamos numa morte por assassinato violento, é para unificar uma família em torno de uma missão, as vezes pode sim separar e dividir e trazer mais ódio, criando um círculo sem fim.

Depois de Chico Xavier e durante a sua vida, outros médiuns se dedicaram a atender as mães e pais encarnados com suas perdas, alguns até se usurparam de dados e cometeram o pior crime desta doutrina, fraudaram sentimentos, mas, até nisto, existe uma lição e haverá sim uma punição a quem causar fraude numa comunicação espiritual, não é permitido a ninguém aliviar dores, mentindo, ou criando mais ódio, mais mágoa.

Me lembro de uma grande amiga do interior de São Paulo que teve seu filho assassinado, no dia do julgamento ela ia se encontrar com o homem que tirara a vida de seu filho, ela me ligou em prantos e me perguntou o que digo para este infeliz ?
Eu disse diga a ele, eu te perdoo.
O que ? dirão alguns, perdão porque não era seu filho.
Eu explico, primeiro que ela devia mesmo ter perdoado o dito bandido, não ia mudar nada a continuação do ódio, ele ainda sorriu na cara dela no momento da acareação, ou seja, ele era um caso perdido, o perdão, não era para ela um bálsamo, para que o filho no plano espiritual não sofresse mais com a violência da forma que foi tirado.
Porém o que nem esta mãe, nem eu, depois da experiência do telefone dela, e claro nem o filho que partiu, era o que um devia para o outro ?
O que a morte daquele filho propôs a família como um todo.? quantos iriam aprender com aquela morte, que rumos se dariam a tantas vidas, se olharmos assim achamos rapidamente a resposta, as vezes de um grande mal, temos várias boas situações que se seguem.

Hoje ela vive com seu outro filho, recuperada, perdoou o assassino, é espírita, formou outra família, e ajuda centenas de mãe com passaram ou passam pelo mesmo problema.
Pois os espíritos envolvidos, sobretudo os que partiram precisam de paz, para entender com o tempo o que será necessário, para que tal fato, nunca mais se repita.

E veremos milhares de caso que o espírita tem acesso, drogas, acidentes, tiro, enforcamento, carro, aviação, enfim,  o que precisamos é primeiro perdoar o agressor, segundo não dar ao espírito que deixou o planeta uma herança de choros, desgraças, e mais ódio que pode segui-lo na vida além da vida, e como disse criando um ciclo sem fim, é a partir do amor, da aceitação, do entendimento, que vamos ajudar as mães, os pais, e o que partiram, e toda a família envolvida, afinal muitos são afetados quando ocorrem casos assim e todos os dias, eles acontecem.

Outro dia na palestra da Deusa Samú, que publicamente disse, que perdera um filho, e que todos deveriam compreender a dor alheia, nestes casos, para que não viessem a passar a mesma coisa, pois o que mais causa a permanência dos fatos, é a indiferença.
Não seja indiferente a dor alheia, ou pode senti-la.

Precisamos consolar, sim, claro, mas precisamos dar um norte aos pais envolvidos,sobretudo as desesperadas mães, e se um deles for o causador, as demais partes envolvidas precisarão dar o perdão para poder também ajudar a si mesmo, e ao espírito retirado, isto nos casos de assassinato que aliás estão sendo mais comuns nestes tempos.

E Porque isto ?
Nos relatos de Allan Kardec, já naqueles tempos, o espírito da verdade, explicava que espíritos envolvidos em confrontos, rixas familiares, mortes por espada, tiros, voltariam para passar dores semelhantes as que causaram, e isto pode ser uma das explicações, porque muitas vezes por mais maravilhoso que seja na encarnação atual, o espírito na anterior se comportou de forma diferente.
Vale lembrar que o próprio Kardec foi esclarecido que isto não é uma regra, mas, uma referência, o fato é que perdas violentas geram muitas reflexões.


Dito isto, que as mães, os pais, envolvidos nesta situação passem primeiro pela lição do amor e sobretudo do perdão.

Se é possível ao gato dar amor a um cachorro, é possível na lição maior do perdão um homem e uma mulher se perdoarem, porque no fundo a raiz da situação pode estar na própria história dos pais, ou da família, e culpa nenhuma, suicídio nenhum levará a mãe ou o pai ao encontro de seu filho ou de sua filha, temos que aceitar o primeiro passo, perdão a si mesmo, o segundo e aos evolvidos.
Precisamos buscar entendimento, e não psicografias, elas virão sim, podem vir, mas, somente da evolução, isto não só Chico Xavier e seus mentores explicaram, como muitos outros, sobretudo Kardec, em seus relatos, o ódio levará a mais ódio, é preciso merecimento para o telefone tocar, o merecimento nos levará talvez, vejam bem as respostas que virão de uma carta de outra dimensão.

Precisamos entender como médiuns, como espíritas, como sofredores em busca de respostas com a morte que algumas coisas, só irão acontecer, vindas do plano da outra dimensão se tivermos merecimento.
A resposta a um pai, a uma mãe, virá, porém talvez ela esteja aqui, guardada dentro de seu próprio coração, e o filho ou f ilha que partiu só poderá ter sossego e paz, quando a mãe também o tiver.
Pode ser egoísta falar mais a mãe do que aos pais, é que geralmente são elas as que mais não conseguem superar a perda em qualquer forma, ainda mais a repentina ou jovem.
A morte é algo que todos teremos que enfrentar, cedo ou tarde, criou-se uma zona de conforto que o pai e a mãe devem morrer antes que isto é o normal, eu não vi isto escrito em nenhuma obra espírita que tenha razão e conhecimento doutrinário, a morte pode nos atingir a qualquer momento em qualquer idade, por isto, é importante passar por ela, com dignidade pessoal, para evolução de vida, de todos os envolvidos, enfim para todo o processo.


Eu gosto muito deste texto, o fato que as mães, tem que recomeçar como todos e fazer um novo final, aquela dor ficará, mas, o que a dor em si, a perda em si deu de ensinamento naquilo que Jesus propôs a todos nós : "amar ao próximo como a ti mesmo, e a Deus acima de todas as coisas", uma das formas mais claras de amor é a da aceitação as dores da perda.
Não posso mensurar sua dor, nem quero, apenas quero lhe levar um alívio, igual a você existem milhares de sofredores Brasil e Mundo afora, faça algo, para alertar, educar, ajudar a si mesmo, trabalhando com a dor alheia, até para entender a sua melhor.


                                      


Sim é legítimo procurar notícias, mas, você está pronta para receber as noticias ? está preparada para ouvir ou a resposta está em seu coração ?
Tenho visto muita fraude em psicografias, pessoas que tentam dar alívios e criam fatos que nunca foram do espírito que partiu, foram dados doados na hora da dor por alguém e usado para sob pretexto de ajudar, e se ajudar, falar coisas que nem serias permitidas.
Primeiro temos que ter referências de quem é o médium, seu trabalho, sua proposta, no entanto o quesito básico antes de sair a procura de uma carta é saber dentro de nós para que ? o que vai mudar, a quem vai ajudar, culpas não ajudam, a ninguém dos que ficaram e terão que enfrentar os fatos até o fim de seus dias, então antes de um lenitivo, que tal estudar o Livro Dos Espíritos de Kardec ? entender o processo de quem somos nós, porque estamos aqui, de ler e se acalmar em o Evangelho Segundo O Espiritismo, de entender em o após ler os dois, o que os espíritos vem fazer como vemos em o Céu e o Inferno.
Feito isto, podem procurar uma casa séria, um médium comprometido, e de posse do perdão, e do amor em vossos corações, buscar uma noticia, e se assim for permitido, e confirmado por ti, e suas memórias aquelas palavras do espírito se vierem, acalmar-se com a verdade.





O espírito que partiu se jovem já perdoou seu agressor, porque agora já sabe o porque de tudo que ocorreu, basta a ele o vosso sossego, e ele só virá se primeiro aceitar que nada pode fazer para mudar, perdoar como já disse, e caminhar, buscando ajuda para si, com uma ajuda a terceiros, era por isto que Chico Xavier, antes dele Allan Kardec e seus médiuns lutaram, dar informações, corretas, aos que sofrem com a morte física, perdas violentas, a dor de uma mãe, e acreditem o Universo, e o plano espiritual tem um sistema justo, nada passará pelos espíritos orientadores, ou como queira por Deus, não cabe a ninguém aplacar justiça, até porque a da Terra pertence ao homem e a mulher, a justiça da criação, bem esta virá cedo ou tarde, e você nada poderá fazer.

Caminhemos juntos na fé, em Deus, com a espiritualidade amiga, para nos melhorar, busquemos no sermão na Montanha, nosso lenitivo para nossa vida, e lembre-se carregar um luto eterno será repetir várias e várias vezes um mesmo momento de dor, e aprisionar você e o espírito que partiu atrasando todo o processo.
Acalma-te.....confie, a resposta que busca virá, desde que encontre em seu coração a maior de todas que é o seu porque.

que a paz da vida esteja em seu coração.



David Chinaglia, 57, é espírita, pesquisador, editor deste blog, palestrante e segue o espiritismo conforme a codificação de Allan Kardec, recebe e-mails pelo davidchinaglia@gmail.com e possue página no Facebook como David Chinaglia e no twitter @DavidChinaglia.



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