segunda-feira, 11 de abril de 2016

PENSAMENTOS E FLUÍDOS - POR ALLAN KARDEC





“Os maus pensamentos corrompem os fluidos espirituais, como os miasmas deletérios corrompem o ar respirável” - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 16). 

Vimos que o pensamento exerce uma poderosa influência nos fluidos espirituais, modificando suas características básicas. Os pensamentos bons impõem-lhes luminosidade e vibrações elevadas que causam conforto e sensação de bem estar às pessoas sob sua influência. Os pensamentos maus provocam alterações vibratórias contrárias às citadas acima. Os fluidos ficam escuros e sua ação provoca mal estar físico e psíquico. 

Pode-se concluir assim, que em torno de uma pessoa, de uma família, de uma cidade, de uma nação ou planeta, existe uma atmosfera espiritual fluídica, que varia vibratoriamente, segundo a natureza moral dos Espíritos envolvidos. 

À atmosfera fluídica associam-se seres desencarnados com tendências morais e vibratórias semelhantes. Por esta razão, os Espíritos superiores recomendam que nossa conduta, nas relações com a vida, seja a mais elevada possível. Uma criatura que vive entregue ao pessimismo e aos maus pensamentos, tem em volta de si uma atmosfera espiritual escura, da qual aproximam-se Espíritos doentios. A angústia, a tristeza e a desesperança aparecem, formando um quadro físico-psíquico deprimente, que pode ser modificado sob a orientação dos ensinos morais de Jesus. 

“A ação dos Espíritos sobre os fluidos espirituais tem conseqüências de importância direta e capital para os encarnados. Desde o instante em que tais fluidos são o veículo do pensamento; que o pensamento lhes pode modificar as propriedades, é evidente que eles devem estar impregnados das qualidades boas ou más, dos pensamentos que os colocam em vibração, modificados pela pureza ou impureza dos sentimentos” - (Allan Kardec - A Gênese, cap. XIV, item 16). 

À medida que cresce através do conhecimento, o homem percebe que suas mazelas, tanto físicas quanto espirituais, é diretamente proporcional ao seu grau evolutivo e que ele pode mudar esse estado de coisas, modificando-se moralmente. Aliando-se a boas companhias espirituais através de seus bons pensamentos, poderá estabelecer uma melhor atmosfera fluídica em torno de si e, consequentemente, do ambiente em que vive. Resumindo, todos somos responsáveis pelo estado de dificuldades morais que vive o planeta atualmente. 

“Melhorando-se, a humanidade verá depurar-se a atmosfera fluídica em cujo meio vive, porque não lhe enviará senão bons fluidos, e estes oporão uma barreira à invasão dos maus. Se um dia a Terra chegar a não ser povoada senão por homens que, entre si, praticam as leis divinas do amor e da caridade, ninguém duvida que não se encontrem em condições de higiene física e moral completamente outras que as hoje existentes” - (Allan Kardec - Revista Espírita, Maio, 1867). 



Allan Kardec, codificador da doutrina espírita, durante 14 anos pesquisou, questionou, foi procurado pelos espíritos, contou a história da humanidade, intermediou, debateu com grandes espíritos, em prol dos seres humanos, partiu para o plano espiritual aos 64 anos, 24 horas depois de deixar seu corpo, mandou uma mensagem na sede espírita em Paris, escreveu algumas vezes sobre a vida além da vida, em mensagens registradas por seus amigos em Paris, e na Bélgica, foi o mais coerente dirigente espírita, divulgador, e profundo estudioso, jamais deixando o igrejismo ou os excessos vindo de crenças interferir em suas decisões, a vida passou a ter sentido com a explicação de quem somos, de onde viemos, e para onde vamos.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

JUSTIÇA QUE PLANEJAMOS - POR RICHARD SIMONETTI



Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. (Mateus, 5:6). Esta afirmativa de Jesus parece distanciada da realidade, porquanto, aparentemente, a mais flagrante injustiça reina na Terra, onde há ricos e pobres, bons e maus, santos e facínoras, atletas e paralíticos, gênios e idiotas...
Ainda que esta justiça de que o Mestre nos fala exprima-se no atendimento aos inalienáveis direitos à liberdade, à propriedade e à vida, não a encontraremos na sociedade humana, onde, desde seus primórdios, há os que escravizam e os que são escravizados, os que roubam e os que são roubados, os que assassinam e os que são assassinados. Ela tem sido a bandeira de todos os movimentos revolucionários, agitada por adeptos de todas as correntes sociais e políticas. Estes, entretanto, paradoxalmente, tão logo detenham o poder, transformam-se em novos instrumentos de injustiça, coniventes com as forças reacionárias que há milênios dominam o nosso planeta.
Poderia alguém lembrar que a justiça a que se refere Jesus não reside na vida material. Os que têm fome e sede de justiça serão saciados no Além. Lá haverá castigo para os maus e recompensas para os bons.
O problema é que, em princípio, os privilégios da Terra fatalmente repercutem nas experiências do Céu. O filho de pais nobres, virtuosos, compreensivos, que desde a mais tenra idade é iniciado nos valores do Bem, terá muito mais oportunidades de seguir uma vida reta e digna do que o filho do matador profissional, que o inicia nos mistérios de sua profissão, incutindo nele um total desrespeito pela vida humana.
Levando mais longe semelhante raciocínio, poderíamos considerar que o indivíduo preso ao leito desde a infância, retardado mental, raciocínio embotado, seria um escolhido de Deus, porquanto isento das tentações do mundo e até mesmo impedido de praticar o mal. Já o indivíduo saudável, belo, atraente, estuante de vida, pleno de vigor, assediado sem tréguas pelos prazeres e ambições humanos, teria muito maior dificuldade em habilitar--se às moradas celestes.
Admitindo semelhante absurdo fatalmente cairemos na teologia medieval das graças divinas. Deus teria eleitos, cumulando-os de recursos em favor de sua salvação e recusando idênticos favores a outros. Há até quem diga que Ele faz sofrer àqueles a quem ama, preparando-os para a felicidade eterna. Conclui-se que, quanto menor o sofrimento da criatura, menor o amor do Criador por ela. Absurdos assim têm levado muita gente ao materialismo. Se a própria justiça humana, apesar de suas limitações, estabelece que somos todos iguais perante a Lei, como pretender que não sejamos iguais perante Deus, que é a justiça perfeita?
Para que não incorramos em enganos semelhantes, é preciso que modifiquemos nossas concepções a respeito da Justiça. Geralmente a concebemos como o atendimento aos nossos direitos e ao cumprimento dos deveres alheios. Pouco pensamos a respeito do que devemos à Vida, ao familiar, à sociedade, mas empolgamo-nos no propósito de definir o que eles nos devem. Nossa fome de justiça situa-se por anseio egocêntrico. Sentimo-nos justiçados quando fazem o que desejamos.
Contudo, no plano espiritual, antes da presente existência, pensávamos diferente. Sentindo o peso de nossos débitos e a extensão de nossas fragilidades, planejamos a jornada terrena, não no sentido de sermos atendidos em relação às ilusões humanas, mas no sentido de cumprirmos os desígnios divinos, que pedem, antes de tudo, depuração de nossas almas, edificação de nossos sentimentos, renovação de nossas ideias.
Esta é a justiça a que se referiu Jesus: uma tomada de posição autêntica, corajosa, em relação aos objetivos da própria existência terrestre.
E se conservarmos a fome e a sede de justiça, isto é, a disposição em nos submetermos às provações escolhidas, fazendo sempre o melhor, então seremos saciados, ainda que, aparentemente, o mundo nos reserve toda sorte de injustiças.


Richard Simonetti, 81, espírita, escritor, palestrante, dirigente espírita, um dos maiores divulgadores da doutrina Espírita no Brasil, e no exterior, tem várias páginas na internet colabora com este blog desde 2013, tem uma página na rede social Facebook para divulgar também seus textos e suas obras, um dos mais considerados espíritas do Brasil reside na cidade de Bauru, SP, nos enviou este texto para reflexão de todos que nos prestigiam.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

IRRESISTÍVEL ATRAÇÃO PELA VIDA ALHEIA - POR ROOSEVELT TIAGO



Encanta nossa curiosidade qual é a causa da irresistível atração que temos pela vida alheia, capaz de tirar nosso foco de nossa própria vida, onde deixamos naufragar nossos interesses para acompanhar aquilo que não nos diz respeito.

Filosoficamente, diríamos que liberdade é algo tão fascinante, que queremos até a dos outros, afinal, ao observar os tropeços alheios, fazemos parecer com que nossas quedas pareçam menores, num jogo de ilusões e desvios de responsabilidades.
Afinal, quando falamos dos outros, evidenciamos mais quem somos do que daquele que falamos, pois exteriorizamos nossa forma felina e maldosa ou nossa postura compreensível e nobre de ver tudo a nossa volta.

Encontramos no Evangelho em II Tessalonicenses 3:11 “Porquanto ouvimos que alguns entre vós andam desordenadamente, não trabalhando, antes intrometendo-se na vida alheia;”, onde somos impelidos para destacar, baseados no texto acima, de que os que “se intrometem na vida alheia”, andam desordenadamente, classificando assim, uma conduta condenável pelos padrões morais.

Somente a infantilidade moral e espiritual, justifica a utopia de crer que o que acontece na vida alheia, não tenha os mesmos riscos de ocorrer na nossa própria vida.

Isso nos faz sentir aparte da vida, como espectadores da vida alheia, roubando atenção da nossa, que fica negligenciada a falta de rumo e controle, sendo conduzida por Espíritos que cintilam na mesma faixa de maldade e cegueira.

Na verdade, quando o assunto é a vida alheia, os mais comprometidos com esse vício, preferem nem saber – assim podem inventar a vontade...

Mas falar sem compromisso com a verdade, é sempre prova moral, medindo nossa capacidade de resistir ao mal gratuito ou calculado, visando benefícios ou simplesmente para nos sentirmos melhores, mas é conduta sempre condenável.

Mostrando a gravidade de tal ação, vemos nas alegorias dos Salmos capítulo 101:5, a seguinte expressão: “Aquele que difama o seu próximo às escondidas, eu o destruirei;” mostrando o perigo desta postura, gerando desajustes na vida alheia, que muitas vezes, promovemos “nas melhores intenções”, mais com os piores valores.

Quantas vezes, quando sabemos de algo constrangedor da vida dos outros, cremos ser expectadores do escândalo do próximo e nem percebemos que somos nós que estamos em plena prova de resistência de divulgação, daquilo que acreditamos ser o Mas ainda o que mais gera nossa atração pela vida dos outros é quando eles realizam coisas ou tomam atitudes que não temos coragem de fazer ou realizar, pois quando queremos modificar nossa vida, mas nos falta coragem, a única saída aos Espíritos fracos é criticar quem tem... quando o pássaro é criado em gaiola, acredita que voar seja um defeito!



Roosevelt Tiago, é espírita, escritor, editor, divulgador da doutrina espírita de acordo a codificação de Allan Kardec, considerado uma das mais importantes vozes da nova geração nos cedeu a matéria principal da semana em seu blog e site oficiais, Roosevelt, é colaborador deste blog desde 2012.